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Feliz Dias dos Pais

domingo, 9 de agosto de 2009

Série Cidadânia - Insegurança

Recordo-me das noites que passei acordado conversando na porta de casa. De como era gostoso um passeio de transporte coletivo urbano, ou mesmo de automóvel com as janelas abertas, podendo sentir a brisa no rosto.

Na rua simples onde morei, bem em frente a minha casa havia uma vila com 16 pequenas casinhas. Os moradores eram pessoas simples e trabalhadoras. Em épocas quentes do ano, era comum dormirem na calçada, em colchonetes.

Na época meu pai me levava ao estádio de futebol, costumávamos ficar nas partes mais altas das arquibancadas, o meu temor era que aquela estrutura pudesse desabar, devido aos pulos dos torcedores na hora do gol.

Hoje, continuo indo ao estádio de futebol para ver meu time preferido jogar, mas meu temor não mais é que a estrutura desabe, mas sim da violência que cerca os torcedores mais jovens. Ao sair do estádio, com vitória ou com derrota, mantenho os vidros do carro fechados pela onda de insegurança que contaminou meu município. E se o jogo for à noite, saio apressado preocupado com a hora de chegar a casa, não apenas por estar casado e saber que minha esposa me aguarda, mas também pelo medo dos criminosos.

Hoje, se transportar em coletivos urbanos é uma aventura perigosa, pois são grandes as chances de um assalto inesperado, podendo mesmo, até ter vítima fatal. Já não sabemos quem são as pessoas, suas roupas, sua cor, seus cabelos não demonstram quem são, qualquer um pode ser o vilão e qualquer um pode ser a vítima, não se trata de raça, cultura ou classe social. E pensar que ainda há pessoas racistas que julgam os outros por seu fenótipo ou baixo poder aquisitivo.

Dizer que nunca houve violência é um exagero, ela sempre esteve presente, mas nunca com tanta audácia e ousadia. Mata-se por R$ 2,00, por um aparelho de telefone móvel, por um tênis usado…

Pedofilia é o crime da “moda”, crack, maconha e nóia são as drogas da “moda”, AIDS é a doença da “moda”, a guerra fria esquentou no Iraque, com os Talebãns, os Aiatolás, com um homem chamdo George Bush, com as ondas de sequestros relâmpagos no Brasil, com o tráfico de droga em todo o mundo, com a prostituição infantil, com os ataques terroristas…

Antes, quando eu assisita o Fantástico aos domingos, programa transmitido até hoje pela Rede Globo, temia que um asteróide atingisse a terra, temia ser abduzido por extra terrestres, temia as sete pragas do Egito, mas hoje temo, além do buraco da câmda de ozônio, temo sair nas ruas, temo viajar de avião, temo ir ao banco, temo que o senado se transfira para a minha cidade, na verdade temo até mesmo os resultados das próximas eleições!!!

Não deixo de ter minha vida social, mas dizer que nada mudou é uma mentira, não digo que tenho a síndrome do pânico, mas tenho a certeza da insegurança!

O que poderemos fazer para inverter este quadro de medo e insegurança? De quem é a responsabilidade por esta desordem? Será que somos nós mesmos?

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